quarta-feira, 11 de maio de 2011

Música Tradicional

História

A música folclórica sobreviveu melhor em zonas rurais, não sendo afectada pela comunicação de massas e pela comercialização da cultura. Era executada pela comunidade como um todo, sendo transmitida oralmente. A música folclórica é um exemplo de um tipo de música tradicional. As canções tradicionais costumam falar da vida quotidiana.

As canções de dança são um dos tipos mais antigos de música popular. Cantadas como acompanhamento para danças, o nome de seus compositores perdeu-se no tempo. Muitas são ainda associadas ao lugar de origem, da Polónia, o fado e o vira de Portugal.

As canções que foram permanecendo ao longo dos tempos as suas origens não são conhecidas. São cantadas a maior parte do tempo em poesia e expressam os sentimentos do cantor. Um exemplo desse tipo de sentimentos expresso em canções são os romances.

Músicas Populares

1 - Vira do Minho ( Minho ) 
2 - Ó Ferreiro Guarda a Filha ( Trás-os Montes )
3- Sapateia ( Açores )
4 - Alargai-vos Raparigas (Douro Litoral )
5 - Marinheiro ( Beira Litoral ) 
6 - Não vás ao Mar Toino ( Beira litoral Sul )
7 - À Oliveira da Serra ( Beira Alta ) 
8 - A Moleirinha ( Beira Baixa )
9 - Don Solidon ( Estremadura ) 
10 - Passarinho Trigueiro (Ribatejo )
11 -As Armas do meu Adufe
12 - Por esses campos fora (Baixo Alentejo )
13 - Tia Anica ( Algarve )
14 - Zabelinha Tecedeira ( Madeira )

1- Vira do Minho (Minho)

Meninas, vamos ao Vira
Ai, que o Vira é coisa boa! (bis)
Eu já vi dançar o Vira,
Ai, às meninas de Lisboa (bis)

O Vira, que vira
E torna a virar
As voltas do Vira
São boas de dar (bis)

Meninas vamos ao Vira,
Ai, que o Vira é coisa linda! (bis)
Eu já vi dançar o Vira,
Ai, às meninas de Coimbra (bis)

O Vira que Vira ,
O Vira virou
As voltas do Vira
Sou eu quem as dou. (bis)

Meninas vamos ao Vira,
Ai, que o Vira é coisa bela! (bis)
 Eu já vi dançar o Vira,
Ai, às meninas de Palmela (bis)

2- Ó Ferreira guarda a Filha (Trás - os - montes)

O ferreiro guarda a filha
Não a tragas a janela,
Anda ai um sujeitinho,
Que não tira os olhos dela.
Vai tu, vai tu, vai ela,
Vai tu p’ra terra dela.
Vai tu, vai tu, vai ela,
Vai tu p’ra terra dela.
E do meu gosto,
E da minha opinião,
Hei de amar a moreninha,
Da raiz do coração,
E do meu gosto,
E da minha opinião,
Hei de amar a moreninha,
Da raiz do coração.

3- Sapateia (Açores)

Sapateia, meu bem sapateia
Ai, vira volta a sapateia,
Ó quantas vezes ó quantas
O jantar serve de ceia,
Ó quantas vezes ó quantas
O jantar serve de ceia.
            
Se o Padre-cura soubesse
O que a sapateia,
Largava de dizer missa
Sapateava também,
Largava de dizer missa
Sapateava também.

Sapato pr´ó sapateiro
Trabalho na calceria,
Faço os sapatos para as moças,
Na maior galanteria,
Faço os sapatos para as moças,
Na maior galanteria.

4 – Alargai-vos raparigas ( Douro Litoral)

Alargar-vos raparigas
Que o terreno é estreito, (bis)
Quero dar minhas voltinhas
Quero dá-las a meu jeito. (bis)


Rapazes batei as palmas
Que hoje é dia de alegria, (bis)
Quem se quiser divertir
Que venha para a romaria. (b
is)


5- Marinheiro (Beira Litoral)

Vai marinheiro, Vai
Vai à pesca da sardinha,
Louvado seja Deus,
Que guia a tua barquinha

6- não vás ao mar Toino ( Beira Litoral Sul)

Não vás ao mar, Toino
Este é um mar ruim, Toino
É falso o mar, Toino
Penas sem fim, Toino

 
Ai, Toino, Toino
Que mau rapaz que és,
Ai, Toino, Toino,
Nem umas botas tens para os pés. (bis)

 
Adeus Maria,
Que eu vou para o mar
Pescar sardinha
P’ra ser rainha
Ela é fresquinha
Da cor da prata
Não tenhas medo
Que o mar não mata.

7- Á Oliveira da Serra (Beira Alta)

A Oliveira da Serra
       O vento leva a Flor (bis)
 
Ó-i-Ó-Ai, Só a mim ninguém me leva
       Ó-i-Ó-Ai, Para o pé do meu amor! (bis)
 
À Oliveira da Serra
         O Vento leva a ramada  (bis)
 
Ó-i-Ó-Ai, Só a mim ninguém me leva
     Ó-i-Ó-Ai, Para o pé da minha amada! (bis)

8 – a Moleirinha (Beira Baixa)

Ó que lindos olhos têm
Ai, a filha do moleirinha (bis)
Tão mal empregada é ela
Andar ao pó da farinha. (bis)·

Trigueirinha me chamaste
Eu de sangue não o sou, (bis)
Isto de andar à farinha
Foi o sol que me crestou.  (bis)

9- Dom Solidon ( Estremadura)

Ai, menina dom solidon,
Como vai contente (bis)
ponha a mão na traça, dom solidon
Não lhe caia o pente! (bis)

Ai, menina, dom solidon
Como vai airosa (bis)
Ponha a mão na traça, dom solidon
Não lhe caia a rosa (bis)

Ai, a menina, dom solidon
Com o seu raminho (bis)
Ponha a mão na traça, dom solidon,
Segure o lacinho! (bis)

Ai, a menina, dom solidon
Parece uma rosa (bis)
Ponha a mão na trança, dom solidon
Fica mais airosa! (bis)

Ai , a menina dom solidon
Bem a vi estar, (bis)
À borda da água, dom solidon
A ensaboar! (bis)


10- Passarinho Trigueiro (Ribatejo)

Passarinho Trigueiro
Salta para  fora, (bis)
Quem vem, quem manda
Não posso lá ir agora. (bis)

Hei-de ir, hei-de ir,
E não hei-de voltar, (bis)
Não quero coisas (bis)
Armadas no ar. (bis)

Armadas no ar
Armadas no chão, (bis)
Passarinho Trigueiro
Salta cá p`ra minha mão. (bis)

Para a minha a mão
Aqui, para o meu lado, (bis)
Uma cadeirinha
De pau encarnado. (bis)


De pau encarnado
De pau alecrim, (bis)
Uma cadeirinha
Ao lado de mim. (bis)

11- As armas do meu dufe

As armas do meu adufe
São de pau de laranjeira,
Quem quiser tocar com ele
Tem de ter a mão ligeira.

Quem quiser tocar com ele
Tem de ter a mão ligeira,
As armas do meu adufe
São de pau de laranjeira.

O rosmaninhal se queixa
De não ter moças formosas,
Subam lá acima a idanha
Que até as silvas dão rosas

Subam lá acima a idanha
Quer até as silvas dão rosas,
O rosmaninhal se queixa
De não ter moças formosas.

12-Por esses campos fora (Baixo Alentejo)

 Vamos lá saindo
Por esses campos fora,
E a manhã vem vindo
Dos lados da aurora.

Dos lados da aurora
A manhã vem vindo
Por esses campos a fora
Vamos lá saindo.

13- Tia Anica (Algarve)

 Tia Anica, Tia Anica
Tia Anica de Loulé,
A quem deixaria ela
A caixa do rapé.
 OLÉ, OLÁ!
ESTA MODA NÃO ESTA MÁ              
OLÁ, OLÉ, TIA ANICA DE LOULÉ!
(Refrão)
 
Tia Anica, Tia Anica
Tia Anica da Fuzeta,
A quem deixaria ela
A barra da saia preta.

 (Refrão)

Tia Anica, Tia Anica
Tia Anica de Aljezur,
A quem deixaria ela
A barra da saia azul.

 (Refrão)

Tia Anica, Tia Anica
Tia Anica de Alportel,
A quem deixaria ela
A barra do seu mantel.

(Refrão)

Tia Anica, Tia Anica
Tia Anica do algoz,
A quem deixaria ela
 A caixa do pó de arroz.

(Refrão)

14- Zabelinha Tecedeira ( Madeira)

Zabelinha Tecedeira
Tece num tear quebrado, (bis)
Vem o vento da ribeira
Embaraça-lhe o fiado. (bis)

Zabelinha Tecedeira
Tece, tece num tear, (bis)
Olha não te leve o vento
A teia por acabar. (bis)